Ao que viemos

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Se reclamar nos cafés não adianta;
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Envie a sua Carta Aberta para cartasabertas.portugal@gmail.com , se possível com a referência ao e-mail do destinatário, e nós a reencaminhamos à entidade pretendida com o seguinte aviso:

"Esta carta foi publicada em http://www.cartasabertas-portugal.blogspot.com/ . A sua resposta, quando dada, será igualmente publicada. Cada 10 dias que se passem sem resposta serão assinalados. A cada 3 meses, o blog actualiza uma classificação de entidades por demora média de resposta. Respostas meramente protelatórias não valem."


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As cartas a que falte compostura, verosimilhança, sensatez ou assinatura não serão publicadas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Carta à Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia de Santos-o-Velho

ESTA CARTA COMPLETOU, NO DIA 26 DE JUNHO, 30 DIAS SEM RESPOSTA

Ex.mos Senhores,

De há algum tempo a esta parte, a Câmara de Lisboa passou a utilizar uns sopradores motorizados para limpeza de jardins e espaços públicos. Acontece que o sistema utilizado é de tal forma levado ao exagero que se tornou insuportável para quem tem uma residência ou um local de trabalho junto a um jardim. No meu caso particular, que tenho um escritório no Largo de Santos, estou sujeito a horas seguidas de ruído incessante de um motor ruidoso, em acelerações contínuas, como se tivesse uma motorizada a acelerar permanentemente à nossa porta. Aqui no escritório, somos todos obrigados a ter as janelas fechadas para poder trabalhar com um mínimo de tranquilidade. Neste momento preciso, vemos da janela um operador do referido aparelho, coadjuvado por uma equipa de mais 4 pessoas que varrem no centro dos canteiros, para retirar flores caídas dos jacarandás. Não vejo em que é que as flores de jacarandá caídas no interior de canteiros podem ser um factor de sujidade ou poluição. Já não falo na poeirada que se eleva nos ares e que obriga pessoas que circulam junto ao jardim a atravessarem a rua para não estarem expostas às nuvens de poeira.
Toda a vida vi jardins serem varridos de forma tradicional, sem o recurso a gadgets ruidosos. Os jardins deveriam ser oásis de tranquilidade dentro do espaço urbano.Vivi em França junto a um bonito parque. Os sopradores são ali utilizados para situações pontuais, para limpeza de zonas de difícil acesso e não para espaços abertos em que o lixo e o pó são projectados para o ar. Seria preferível a Câmara ocupar-se do que é verdadeiramente poluente, como é o caso dos dejectos das noitadas dos bares de Santos, cujos restos, muitas vezes, ficam largas horas por limpar. O tamanho do jardim de Santos e a quantidade de varredores que aí vemos a limpar canteiros dispensam o soprador motorizado, não apenas pela lógica da limpeza, mas também para tranquilidade das pessoas que aqui residem e trabalham.
Obrigado pela vossa atenção.
Francisco Sá da Bandeira

Esta carta foi publicada em http://www.cartasabertas-portugal.blogspot.com/ . A sua resposta, quando dada, será igualmente publicada. Cada 10 dias que se passem sem resposta serão assinalados. A cada 3 meses, o blog actualiza uma classificação de entidades por demora média de resposta. Respostas meramente protelatórias não valem.

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